segunda-feira, 28 de março de 2022

tardiamente

Amor, aqui me tens, aqui estou
Quero ouvir o que tens para me dizer, quero viver os teus sonhos e pensamentos, conhecer como corre o tempo que imaginas para nós, ser parte desse momento.
Amor, estarei sempre presente e ao teu lado. Sente-me aqui, mesmo no silêncio, que consigamos unificar a força que juntos iremos multiplicar no resto dos nossos dias.
Amor, sê forte por nós
Amor, prometo que nunca mais te faltarei
(Minha senhora, temos que fechar a urna, tem de ser...) 
Dê-me só mais um minuto, 
Um simples minuto, uma eternidade plasmada numa fracção de tempo emprestado.
Agora é tarde, é sempre demais depois da sensação da oportunidade perdida e desperdiçada
(Vamos fechar)
Ainda tenho tempo amor, amor
Amor olha para mim então
Olha por mim
Não quero mais a minha ausência em ti, 
Tu estavas em corpo presente, desencontrados no mesmo espaço e tempo em que pareceu termos vivido
Eu estava em corpo presente desencontrada de ti no mesmo tempo e espaço que partilhamos
Partilhámos
Sinto que já tinha ido e que cá não estavas 
Sinto espaços fechados entre reticências que preenche um tempo passado que desconheço ou dele não tenho memória 
(Fechemos a tampa) 
Desçam-me, agora não é altura para fazer de conta que as memórias existem 

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