Absinto a pureza da criação de uma substância que inebria os sentidos já de si toldados pela deturpação da realidade pela fantasia e pelos demónios.
Por filtração e destilação contínua até apurar o álcool em substância suprema, a cada pequeno trago, o corpo recebe em si a complexidade de uma combinação explosiva capaz de por combustão derreter as matérias mais resistentes.
O ardor nos lábios, a língua que arde, o esófago que urge ajudar no transporte sem regurgitar, a pancada que assenta no estômago. Confundir o elixir com os ácidos e o início da revolução pela mistura.
Cá em cima uma pancada com o copo na mesa sincronização perfeita com o estalido. Paaaaa. E assim abrir a boca para exalar os últimos vapores não consumidos.
Barriga vazia de conduto exposta à querosene do prazeroso sabor.
O cérebro entra em alerta e espera
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