Oh angústia
Suprema senhora que não me larga
Que me tornas órfão no teu regaço
Oh angústia
Dona de mim que me abraças
Não me abandonas nas horas sãs
Perseguem-me os teus passos
Oiço a tua voz que cala a minha vida
Os teus braços que me abraçaram
São agora raízes de mim
Oh malvada angústia
Um dia quando morrer
Na minha eternidade te encerrarei
E a tua paixão enclausurada
A tua força angustiante
Para todo sempre será o meu alimento
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