domingo, 29 de maio de 2016

da inquietante urgência

"A complexidade do alienado que assume a benevolência do seu cárcere como uma natural ocupação e aprisionamento do seu ser, numa inquietante viagem entre a calma de quem vive a vida como se dispusesse ainda de mil anos, e ao mesmo tempo a oposta urgência de quem dispõe de poucas horas antes de se lhe esgotarem as últimas lufadas terminais e assim simplesmente deixar de ser."
Dagoberto de Andrade, habitante da península Esgríncia (1848)

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Matemáticas e contas que tais

Quando o EU e o TU são sempre uma conta matemática de resultado diverso, 
filosoficamente não palpável, mas com existência física. 
Eu mais Tu igual a Nós
Eu menos Tu igual a Eu
Eu vezes Tu igual a Nós elevada a potência
Eu a dividir pelo Tu igual a Menos Eu mais Nada de Ti

Rui Santos (26/05/2015)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Inspirado em nomes de obras de José Saramago - "Palavras Trocadas" (25/05/2015)

"Palavras Trocadas"

... vivemos num autêntico "Ensaio sobre a Cegueira", 
que se repete num "Ensaio sobre a Lucidez"
... a alguns apetece partir numa "Jangada de Pedra", 
ou seguir na "Viagem do Elefante", 
porque as coisas que vivemos não são "Deste Mundo e do Outro".
Quando chegará de novo "A Noite", 
para que "Os Poemas Possíveis" possam ser de novo musicados?
Às vezes, sinto-me acabado de ser "Levantado do Chão", 
extenuado depois de uma "Viagem a Portugal", 
onde "Os Apontamentos" recolhidos, são peças soltas de uma passarola construída por um padre alucinado que vive num suposto estado de "Provavelmente Alegria". 
"O Ano da Morte de Ricardo Reis", que este, sendo "O Homem Duplicado" de Pessoa, 
viveu nas suas "Pequenas Memórias" 
as "Intermitências da Morte", 
dentro da "Caverna" em que este país se tornou, 
desde a famosa "História do Cerco de Lisboa".
Os censores andam aí, com a cara destapada ou com uma simples capa vestida, 
gritam e bramem aos céus "In Nomine Dei", "In Nomine Dei"!!!
... talvez em busca de outro "Evangelho Segundo Jesus Cristo"
... mas tenham atenção, que "Caim" marcado para sempre, 
dará outra oportunidade tal qual se tratasse de uma "Segunda Vida de Francisco de Assis".
Nesta "Terra do Pecado", onde falta a bondade ao homem, 
procuramos uma nova luz de esperança 
e que essa possa chegar sob o signo da "Maior Flor do Mundo".
"Que Farei com este Livro", 
onde constam todas as evangélicas atrocidades cometidas em nome de deuses, 
por homens raivosos e cegos de razão e moral... 
esses a quem lhe faltou sempre um "Manual de Pintura e Caligrafia" 
com os valores inscritos para a humanidade...

Inspirado em nomes de obras de José Saramago
Rui Santos (25/05/2015)

terça-feira, 17 de maio de 2016

Revisitando José Saramago

... vivemos num autêntico "Ensaio sobre a Cegueira", que se repete num "Ensaio sobre a Lucidez"... a alguns apetece partir numa "Jangada de Pedra", ou seguir na "Viagem do Elefante", porque as coisas que vivemos não são "Deste Mundo e do Outro".
Quando chegará de novo "A Noite" para que "Os Poemas Possíveis" possam ser de novo musicados?
Às vezes, sinto-me acabado de ser "Levantado do Chão", extenuado depois de uma "Viagem a Portugal", onde "Os Apontamentos" recolhidos, são peças soltas de uma passarola construída por um padre alucinado que vive num suposto estado de "Provavelmente Alegria".
"O Ano da Morte de Ricardo Reis", que este, sendo "O Homem Duplicado" de Pessoa, viveu nas suas "Pequenas Memórias" as "Intermitências da Morte", dentro da "Caverna" em que este país se tornou, desde a famosa "História do Cerco de Lisboa".
Os censores andam aí, com a cara destapada ou com uma simples capa vestida, gritam e bramem aos céus "In Nomine Dei", "In Nomine Dei"!!!... talvez em busca de outro "Evangelho Segundo Jesus Cristo"... mas tenham atenção, que "Caim" marcado para sempre, dará outra oportunidade tal qual fosse  uma "Segunda Vida de Francisco de Assis".
Nesta "Terra do Pecado", onde falta a bondade ao homem, procuramos uma nova luz de esperança e que essa possa chegar sob o signo da "Maior Flor do Mundo".
"Que Farei com este Livro", onde constam todas as evangélicas atrocidades cometidas em nome de deuses, por homens raivosos e cegos de razão e moral... esses a quem lhe faltou sempre um "Manual de Pintura e Caligrafia" com os valores inscritos para a humanidade.

domingo, 15 de maio de 2016

Hamôur Hamôur

Hamôur Hamôur

Hoje te levarei ao céu
Aos céus onde as nuvens são cristalinas
Os ventos sopram sempre de feição
Os raios solares serão fios de luz
Hoje te levarei, amor, nas asas dos meus desejos e pecados....

.... porra larga-me o pescoço que não consigo respirar...

Rui Santos, 15/05/2015

segunda-feira, 9 de maio de 2016

"Sailing sailing with me"

"Sailing sailing with me"

Navegando em águas tormentosas
Correntes marítimas fugidias
Avistamos porto seguro
Lá longe
Lá longe, tão longe que a vista mal alcança
Sobrevoam gaivotas e outros que tais
Cansados, extenuados e doridos
Abraçados de vento em popa
Chegou a hora de procurar lançar amarras
Aqui perto
Aqui perto, tão perto
Sailing, sailing with me

Rui Santos (09/05/2015)

sábado, 7 de maio de 2016

Morri de mim

Morri de mim
Ausentei-me e segui outra forma
Fruto de terra, renovado 
Chamaram-me de volta
Carbono, carbono, ouvi dizer
Esta terra tua, minha
Como poderia ser minha
Mas dizia, jaz aos pés de sua mãe
973 inscrito em letra rubra de sangue
Raios, por quem sou
Se até na terra escondido de vós somos numerados

(Rui Santos)

sexta-feira, 6 de maio de 2016

"Transparência"

Sou transparente
Sou denso
Não me aturo
Sou cristalino
Tenho coisas dentro

... mas só tu sabes...

terça-feira, 3 de maio de 2016

Produção de conhecimento

Da leitura do #1 da Revista Café com Letras
Entrevista a Ana Pato
Retenho a ideia e complemento
A sociedade produz conhecimento, seja através da escola ou das plataformas de investigação, e desperdiça este capital obtido por desaproveitamento do ciclo gerador de ideias. O conhecimento actual é produtor e alavanca criação de bens materiais e serviços transaccionáveis, com base na ideia mercantilista do lucro e que se esgota na produção intensiva a baixo custo e com degradação das relações sociais e laborais. 
Ora, se invertido este processo, o motor gerador deverá ser orientado para a produção de conhecimento que gerem conteúdos, estes, explicadores dos seus anteriores e criadores de novos conhecimentos, ou potenciadores de outros estágios de entendimento. 
O ser humano ver-se-á impelido a humanizar e distribuir o seu espólio de conhecimento e apresentá-lo nos seus diversos patamares de interacção e intervenção social à discussão dos demais.
A estupidificação do conhecimento hoje tangível, prepara a sociedade para um nivelamento cultural básico e pouco dinâmico.

"O amor é carne"

"O amor é carne"

Quando faço amor contigo
Me dispo de mim
Me dispo das peles e carapaças
Retiro as questões e opiniões
Esqueço as convicções
Quando faço amor contigo
Não sei se tenho inspiração ou suor
Sei que tenho as carnes fervendo
Ponho todas as emoções ao serviço do sexo carnal
... e esqueço
... e se sente
Quando faço amor contigo
Faço-o connosco

Rui Santos, 03/05/2015