segunda-feira, 22 de agosto de 2016

... sem nome...

Um anarquista libertário entrou num bosque denso
De trilhos encobertos pelos passos que faltaram à caminhada dos poucos passantes
Ao fundo uma árvore brilhava
Como se fosse possível que as árvores sejam mais do que a sua sombra
Inaudita e questionável
Sem sol para a abraçar
Sem lua para a beijar
Teimava brilhar sem chamamento ou atracção mística
Era só... brilhava 
Curiosidade e desprendimento de quem caminha e que sempre faz por chegar e chegando
Na beira da árvore
Uma placa tinha inscrito:
"Fiz o meu papel
Nasci da terra
Cresci
Vivi e a mais não aspiro
Que o meu sangue se transforme em pasta de papel 
Para viver outra vida nas páginas de um livro

Rui Santos 19.8.15

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